Sunday, July 24, 2005

After hours

Quinta-feira voltei de madrugada. Exausta como sempre, zonza, sempre. Exausta.

A 23 de maio a perder de vista e eu contente, paisagem um pouco surrealista: os faróis brancos dos carros, a garoa fina e um frio de gelar a espinha . O Fito Paez cantava "Mariposa Technicolor" (começando com o emblemático verso "Todas las mañanas que vivi, todas las calles donde me escondí") em alto volume, e, misteriosamente, senti saudades de Buenos Aires, uma espécie de melancolia contente.

De repente vem a estrofe final, o arranjo fica mais forte, uma bateria enfática:

"Yo te conozco de antes
desde antes del ayer
yo te conozco de antes
cuando me fui no me alejé...
Llevo la voz cantante
llevo la luz del tren
llevo un destino errante
llevo tus marcas en mi piel
y hoy sólo te vuelvo a ver..."

Acelerei até os 80 por hora. Já em casa, um chuveiro quente e um pijama de flanela acalmaram meus ânimos porteños.

Amanhã, Caetano Veloso, eu acho.

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