Monday, November 13, 2006

Tanto Mar

Ouvir a Bethânia cantando me dá uma vontade doentia de ver o mar. Gosto destes dois novos discos ("Mar de Sophia" e "Pirata") : maduros, com bons arranjos e bons fragmentos de texto complexos, meio barrocos. Muita água.
Sim; quando a vida se intensifica: saudades do mar. Saudades de espumas, e de arrebentações; saudades do vento com cheiro de sal, com gaivotas rindo da existência humana. O mar vem e vai, mas a verdade é que ele nem-nunca-vem-nem-nunca- vai-embora; oscilações tão imprecisas e incontroláveis quanto estas do nosso dia-a-dia.

Enquanto a Bethânia canta, penso nos mares que não conheço: Marselha, Gibraltar, Lisboa, sim sobretudo Lisboa, de Álvaro de Campos. Por hora o consolo: nada me faz mais feliz agora do que este (m) ar de São Paulo

Mares, portos e descobertas...vasto mundo. Mas a verdeade é que embora eu respire diariamente este ar impuro e agridoce, eu pondero todas as partidas.

(O amor é sede depois de se bem beber)

1 Comments:

Blogger Furão said...

"Cá estou carente...
Manda novamente algum cheirinho de alecrim!"

...
...

8:08 AM  

Post a Comment

<< Home