Sim.
E era só um passar da tarde, simples tarde. E era só tomar um suco. Um suco. Um suco, um homem de olhos redondos. E uma mulher calada, que sorri. Uma mulher triste que se procura e se encontra no olhar do outro, no olhar daquele homem de olhos redondos.
E era só andar pelas ruas na simples tarde, tarde. E era só um contar de novidades, novidades grandiosas, novidades menores, pequenas idéias. E era só o dar as mãos, as mãos dadas, apertadas, juntas. Só.
E assim eram só as palavras, engolidas, remoidas, engasgadas. Torrentes de palavras quantas tantas noites medidas, ensaiadas, ponderadas, esmiuçadas. E eis que não havia nada para dizer.
Havia então a tarde que caia. O céu que ficava um pouco alaranjado, e róseo, e avermelhado sobre o concreto cinzento. E sob o concreto cinzento, um vagão de metrô que balançava, sacudindo os corpos cansados. E eis que que então uma mulher feliz, absolutamente feliz. Que se procura e se encontra no abraço do homem, no beijo do homem de olhos redondos.
E quando a tarde cai eles estão parados sobre um viaduto no Centro da cidade, com vista para os carros que passam embaixo, e uma brisa leve que bagunça os cabelos. A luz do fim da tarde deixa tudo amarelo, dourado . E ela é só uma menina com a inocência de um Pequeno Príncipe olhando os astros no ceú. Está tão feliz e tão assustada que sorri um bocado e chora um pouco. "Veja, eu pareço uma criança". O homem de olhos rendos lhe sorri, sentido. E aquela tarde efetivamente termina.
Não, não havia nada a dizer. O encantamento do mundo, do olho, da mão, do homem extrapola qualquer palavra. A noite caiu e aquela mulher feliz-triste aos extremos se despede e se prepara para o novo recolhimento, para o novo casulo, para um novo espelho. A alegria incomensurável do amor e, desde o primeiro momento, a assustadora dor da falta. Reinventar-se.
E era só andar pelas ruas na simples tarde, tarde. E era só um contar de novidades, novidades grandiosas, novidades menores, pequenas idéias. E era só o dar as mãos, as mãos dadas, apertadas, juntas. Só.
E assim eram só as palavras, engolidas, remoidas, engasgadas. Torrentes de palavras quantas tantas noites medidas, ensaiadas, ponderadas, esmiuçadas. E eis que não havia nada para dizer.
Havia então a tarde que caia. O céu que ficava um pouco alaranjado, e róseo, e avermelhado sobre o concreto cinzento. E sob o concreto cinzento, um vagão de metrô que balançava, sacudindo os corpos cansados. E eis que que então uma mulher feliz, absolutamente feliz. Que se procura e se encontra no abraço do homem, no beijo do homem de olhos redondos.
E quando a tarde cai eles estão parados sobre um viaduto no Centro da cidade, com vista para os carros que passam embaixo, e uma brisa leve que bagunça os cabelos. A luz do fim da tarde deixa tudo amarelo, dourado . E ela é só uma menina com a inocência de um Pequeno Príncipe olhando os astros no ceú. Está tão feliz e tão assustada que sorri um bocado e chora um pouco. "Veja, eu pareço uma criança". O homem de olhos rendos lhe sorri, sentido. E aquela tarde efetivamente termina.
Não, não havia nada a dizer. O encantamento do mundo, do olho, da mão, do homem extrapola qualquer palavra. A noite caiu e aquela mulher feliz-triste aos extremos se despede e se prepara para o novo recolhimento, para o novo casulo, para um novo espelho. A alegria incomensurável do amor e, desde o primeiro momento, a assustadora dor da falta. Reinventar-se.
1 Comments:
No mínimo impressionante
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